segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dormir Acordado

Caminhando na sombra daquele que te alimenta
Com impulsos de um prazer artificial
Sendo contaminado com ideias de submissão

Acorde, pois tudo esta ruindo
O caos não vem apenas com sangue e violência
Ele transcende, com palavras convictas e rostos bonitos

Minha raiva continua queimando com base na duvida
Desconstruindo enigmas que mais se parecem com um romance russo
Liberto de uma visão nebulosa, me proponho com palavras
Á tocar algumas mentes que carregam uma insatisfação adormecida

sábado, 10 de novembro de 2012

Malditos animais

A sociedade em sua humanidade
Destrói, humilha e perverte.
No final de tudo sorri
E finge que se arrependeu.
Mas, agora é tarde,
Pois algo belo já foi destruído.

Humanidade...
Ainda tem coragem para procurar
A divindade e a paz eterna...
Tenha dó de nós...
Malditos animais.

Depois que o livro se fecha... Atire no pianista (David Goodis)

 Encontrei David Goodis por acaso em um sebo a caminho do trabalho num dia quente e chato como todos os outros. Gosto de conhecer autores que não estão nas mas mãos da maioria das pessoas no metrô, não costumo seguir as modinhas literárias, gosto de garimpar, e encontro jóias raras como esta.

Na minha opinião de merda...
   Literatura noir, foi o que um amigo disse sobre Goodis. "Atire no pianista" é uma leitura rápida e sem rodeios, a trama não é complexa, pelo contrário é muito simples e foi isso que eu mais gostei. Eddie, o pianista, é o personagem principal. É um cara simples, humilde mas que esconde um passado negro e perturbado dentro de si e que a cada paragrafo esperamos que se mostre e toque o terror. Isso é oque prende o leitor, pois não temos a expectativa de chegar ao final da estória e sim de chegar a próxima página, o próximo dialogo... Assim chegamos ao fim sem se dar conta. Não esperem por final feliz, Goodis retrata o cotidiano das classes baixas, dos proletários e daqueles que sabem que não existe finais felizes, somente um dia apos o outro que é igual ao anterior. Noir... isso é literatura e Goodis é um mestre.                                              

Não posso ...

Não posso fazer o que quero,
O que quero é o que eu sonho
E o que sonho me é proibido.

Aprendi que sonhos
São bens materiais e
Buscar a felicidade é pura fantasia.

Então, já que não posso fazer o que quero,
Aquilo que faço por obrigação
Faço mal feito...
E faço errado por que quero. RSRSRSRS