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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... O Turno Da Noite 2 - Revelações (André Vianco)


O Turno da Noite - Vol. 2Nesta sequência um misterioso vampiro que ronda os quatro amigos do Turno Da Noite, lhes revela as verdadeiras intenções  do ancião Ignácio e da Agência Jugular, que está muito mais para o crime do que para fazer justiça. Nesta obra, Vianco ainda nos presenteia com a história da bela vampira Calíope, que praticamente vale um livro a parte.
















Na Minha Opinião De Merda... Como eu havia previsto,o primeiro livro era exatamente uma introdução e não poderia ser avaliado separadamente. Agora que já li sua sequência "Revelações" posso afirmar que o primeiro volume foi uma boa introdução e que está sequência também é muito boa e tem um bom desenvolvimento. Os quatro amigos que formam o chamado Turno Da Noite, já não são personagens tão bundões como antes, dois personagens bem legais aparecem para dar mais suspense a trama, esses dois são o vampiro Samuel, um original que perdeu sua alma para o Diabo e Gregório, um anjo que carrega uma espada flamejante e mortal. Mas o ponto alto deste livro é a história de Calíope, uma escrava da época do Brasil Colônia que acaba tendo um destino mais desgraçado ainda, ou não... Os capítulos que narram sua história são bem compridos e as vezes um pouco cansativos, mas são bem desenvolvidos e envolventes. O ponto baixo, na minha opinião continua sendo o mesmo do primeiro livro, a pouca ou mesmo miníma abordagem dos caçadores Dimitri e Tobia, pois uma história de vampiros sem caçadores fica meio chata para mim. Mas no geral, Revelações é uma boa sequência e também deixou boas expectativas para o terceiro e último livro. Leitura recomendada. 





" Tá meio difícil de ver o Dimitri e o Tobia arrancando cabeças de vampiros..."

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... O Turno Da Noite 1 - Os Filhos De Sétimo (André Vianco)


Quatro vampiros perdidos, vagam sem rumo pelas ruas de São Paulo após Sétimo seu criador ter sido morto em batalha. Os quatro amigos são acolhidos por um vampiro ancião que lhes promete segurança e conforto em troca de uma só coisa: matar. Mas o trato é matar somente bandidos, mas a estória pode tomar rumos diferentes.Vampiros, lobisomens e claro, caçadores, fazem parte dessa continuação de " O Sétimo".
















Na Minha Opinião De Merda... Bem, eu já tinha pirado lendo a "Saga Vampiro Rei", depois pirei ainda mais lendo "os Sete" e sua continuação "O Sétimo". E claro que não poderia ficar sem ler " O Turno Da Noite" que é a continuação de Sétimo, mas com alguns personagens novos e outros repetidos. Minha primeira impressão foi de repeteco, pois, é muito parecido com Sétimo, os personagens, suas motivações... Mas como todos os livros que citei acima, o começo é sempre meio paradão, mais para conhecer os personagens e se situar na trama. E como esse livro é muito curto e apenas o primeiro de uma trilogia, não quero julgá-lo precipitadamente,pois acredito que seja uma introdução para o desenvolvimento da obra em geral. Os personagens principais que formam o chamado Turno Da Noite, são bem carismáticos, é fácil gostar deles e entender os motivos que os levam a se tornarem assassinos. Os personagens secundários ainda estão um pouco ocultos e misteriosos. Uma coisa de que achei que poderia ter ficado melhor, são os capítulos que tratam de Dimitri e Tobia, os caçadores, eu gostaria que eles tivessem mais aparições neste primeiro livro. Concluindo, esse livro analisado em separado é fraco, mas como uma introdução para mais dois, deixa bastante expectativas para os próximos. Aliás, Vianco é Vianco, ou seja: foda.






Obs.: Os vampiros podem ser os personagens principais e até serem legais, do bem e tudo mais, mas sempre torço para os caçadores mandarem bala de prata na cabeça.

Depois Que O Livro Se Fecha... O Jardim Da Meia-Noite (Philippa Pearce 1920 - 2006)

O Jardim da Meia-Noite



O passatempo preferido de  Tom Long é brincar com seu irmão mais novo no jardim de sua casa, mas devido a uma doença de seu irmão, Tom é obrigado a passar alguns dias na casa de seus tios solitários que não tem filhos e que são inquilinos de um antigo casarão. Nessa velha casa Tom descobre algo que parece ter sido criado somente para ele, um jardim mágico e perdido no tempo.










Na Minha Opinião De Merda... Esse é um daqueles livros em que cada pedacinho que se comenta pode se transformar em um spoiler. Mas o que posso dizer é que comecei esse livro sem nenhuma expectativa, mas logo nas primeiras páginas já fui envolvido pela história. Claro que esse é um livro infanto-juvenil, mas também é indispensável para qualquer adulto. Sabe aqueles momentos em que sentimos saudades da infância, da inocência que víamos em tudo? Pois bem, "O Jardim Da Meia Noite" nos leva nessa viagem direto a essa época mágica. Tom Long é um personagem que foge um pouco do convencional infanto-juvenil, ele não está em busca de aventuras, ou lutando com monstros, tudo o que tom quer é fugir do tédio e encontrar um lugar onde ele possa ficar sozinho e se divertir um pouco, até que ele encontra um sinistro relógio antigo que parece estar esquecido naquela casa velha, onde uma idosa igualmente misteriosa é a única pessoa que parece ter alguma ligação com o relógio. A partir daí a ventura de Tom Long começa. A autora trabalha com maestria o emocional dos personagens, com noções do passar do tempo e da relação das pessoas com a natureza e com a vida. O único ponto de que não gostei é que as descrições das plantas do jardim é bem densa, mas isso passa quase despercebido quando a história nos envolve. Concluindo, é uma obra fantástica, um pouco curta infelizmente, mas com desenvolvimento brilhante e um final emocional. Ainda não vi o filme, mas sinceramente não quero ver, pois essa estória ficou tão marcada na minha mente que não quero misturá-la com a adaptação. Leitura recomendada para quem tem saudades da iinfância ou para quem já se esqueceu dela.






" O medo fazia Tom se apressar  agora; mesmo assim, parou na soleira da porta e virou-se para olhar as pegadas na grama: elas ainda estavam inteiramente visíveis, embora o calor do Sol nascente estivesse começando a desfazer sua bordas. ( Não lhe pareceu estranho que seus próprios pés, que haviam cruzado o gramado várias vezes, não tivessem deixado marcas parecidas)"

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Um Bonde Chamado Desejo (Tennessee Williams 1911 - 1983)

Um Bonde Chamado Desejo



Sem ter onde ir, Blanche Dubois vai morar com a irmã. A mulher que está com sérios problemas nervosos e de personalidade vê seu mundo entrar em conflito com o de Stanley Kowalski, seu cunhado, rude, brutal e sem meias palavras. Na pequena casa de dois cômodos, Stanley e Blanche, travam uma guerra particular.













Na Minha Opinião De Merda... Comecei esse livro sem expectativas, mas logo nas primeiras páginas fui submerso na trama. Todas as cenas (é uma peça teatral) se passam na pequena casa alugada de dois cômodos de Stanley e Stella, que vivem uma típica vida comum da classe operária americana dos anos 40/50, onde o patriarca é o chefe da casa e a mulher é submetida as regras dessa sociedade. Mas quando Blanche, irmã de Stella, chega quase que inesperadamente de mala feita e decidida a ficar, toda a vida do casal muda, pois, Blanche, uma mulher independente e com um passado obscuro não aceita as regras de Stanley e confronta toda sua virilidade. Ora achamos que ambos estão flertando, ora achamos que vão simplesmente se matar. Stella, fica no meio do fogo cruzado e a principal vítima dessa pequena guerra. No começo do livro, achei que a história iria tomar um rumo "sexual", pois Stanley é um homem rude e viril, dono de seu próprio mundo e Blanche uma mulher misteriosa e desinibida, e  pensei que já tinha matado o final, mas a partir da metade a estória toma rumos surpreendentes que beiram a brutalidade, sensualidade e a loucura. Para quem gosta de histórias realistas sem maquiagens e fantasias, esta obra é perfeita. Um livro pequeno, mas que em todas suas páginas nos dá a certeza de que estamos dentro desses cômodos, ora amando ora odiando seus personagens que se materializam a nossa frente. Leitura mais que recomendada.





segunda-feira, 19 de maio de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Disparos Do Front Da Cultura Pop (Tony Parsons)

Disparos do Front da Cultura Pop





Aqui estão reunidos 55 textos de Tony Parsons, que viajam desde o nascimento do punk rock inglês, sociedade e política, cultura pop até as brigas de torcidas nos estádios ingleses. 















Na Minha Opinião De Merda... A sensação que tive quando li esse livro, foi que eu estava sentado numa mesa de bar tomando uma cerveja, ouvindo The Clash, assistindo uma partida de futebol e conversando com Parsons como se fosse um velho amigo, que tem muita história pra contar e não mede as palavras pra criticar algo ou alguém e que sabe ser ácido e engraçado ao mesmo tempo. Como se trata de textos jornalisticos, é possível ler casualmente e sem pressa. O único ponto fraco na minha opinião é a edição, pois, Parsons usa muitos trechos de músicas em inglês como citações, mas o querido tradutor, traduz umas sim e outras não, e quem não domina a língua inglesa (como eu) fica boiando em muitas partes e isso prejudicou muito a leitura de certos textos. Ou se traduz tudo (que é o certo) ou não se traduz nada, porque serviço feito pela metade é pior que não feito. Resumindo, o autor e seus textos são ótimos, mas esses pequenos descasos do tradutor, mataram a obra.



quinta-feira, 17 de abril de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Aconteceu Em Blackrock (Kevin Power)


Aconteceu em Blackrock

Um jovem é espancado até a morte por seus próprios amigos de infância. O motivo, ninguém aparentemente sabe e os culpados estão soltos. Em Blackrock seu sobrenome é seu salvo-conduto.
















Na Minha Opinião De Merda... É um livro nada convencional, apesar de se tratar de um assassinato, não chega a ser um típico romance policial de detetives e bandidos. É uma rica narrativa sobre o cotidiano de jovens irlandeses filhinhos de papai e seus chiliques, que podem trazer más consequências aos mais fracos e como a "alta sociedade" encobre seus crimes e os diferencia dos demais "não ricos". Desde o início sabemos quem é a vítima e seus assassinos. O mistério gira em torno dos fatos que levam até o ato do crime, o porquê de tal barbaridade que muitas pessoas influentes teimam em negar ou fingir desconhecer. O narrador é um personagem oculto que conhece muito bem todos os envolvidos e busca respostas que compõem um quebra-cabeça. O melhor desta obra á forma como Kevin Power desloca o leitor no tempo mudando o foco dos personagens de um parágrafo para outro de forma tão rápida, mas que não deixa pontos soltos e ajuda a entender a mente de cada personagem. De uma hora para outra podemos odiar e até gostar de um mesmo personagem, mas logo vemos que não existem bons e maus e sim pessoas como você e eu. É uma leitura fácil e prazerosa, ótimo para quem quer variar um pouco a leitura.

Depois Que O Livro Se Fecha... Viver ou Morrer - Esta é a Jogada (Athos Beuren)

Viver ou Morrer


Viver ou Morrer é um livro-jogo onde o leitor é o herói. São oito missões em que você enfrentará grandes desafios como, lutar contra criaturas malignas, fugir de armadilhas e sair vivo, se puder.
















Na Minha Opinião De Merda... Conversando com meu amigo Thiago (administrador do blog), falávamos que  nós por diversos motivos entramos para o mundo da literatura já no fim da escola, mas antes tarde do que nunca . E particularmente sinto que perdi muitas leituras infanto-juvenis que eu tenho certeza que se eu tivesse lido teria adorado. Então decidi resgatar um pouco dessa leitura perdida por curiosidade mesmo, quando soube que existiam livros de RPG onde é possível interagir com a história, jogando de fato, fiquei mais curioso ainda, então fiz uma breve pesquisa e comprei "Viver ou Morrer". 
São oito aventuras de mistério e terror onde o objetivo é chegar vivo ao final. Tudo o que precisamos são dois dados, papel, lápis e imaginação. são histórias curtas que não exigem muito do nosso tempo, é ótimo para ser jogado ocasionalmente. A linguagem é o mais simples possível, o que permite uma fluidez rápida e divertida. Como se trata de um jogo, existem diversos caminhos e finais, cada história pode ser lida várias vezes e de formas diferentes. Pessoalmente eu me diverti bastante, apesar de ter morrido em todas as oito histórias. Athos tinha apenas onze anos quando escreveu esse livro, mas não por isso a linguagem é infantil, eu diria que é simplesmente divertido e altamente recomendável para jovens e velhos. 


Obs.: Esta minha edição é de 1997, mas a edição de 2012, possuí dados impressos nos rodapés das páginas que tornam o uso de dados fisícos uma opção.





 "Você prossegue, mas a sua frente há um Ogro, ele está dormindo; ele acorda simplesmente com o barulho da sua respiração, atacando-o. FIGHT!!!"

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Depois Que O livro Se Fecha... O Estrangulador (Sidney Sheldon 1917 - 2007)






 Em Londres um misterioso assassino estrangula mulheres em dias de chuva. A Scotland Yard já não sabe mais o que fazer, a não ser chamar o incrível sargento Sekio Takagi, o único capaz de capturar esse malfeitor. De preferência antes da próxima chuva.









Na Minha Opinião De Merda... Sou um grande fã do Sheldão e de seus super clássicos, e esse foi o primeiro livro infanto - juvenil dele que li e demorou até eu realmente acreditar que ele mesmo escreveu essa obra. Posso avaliá-lo por dois lados, o de um jovenzinho leitor iniciante e o de um adulto com certa bagagem literária. 

Por ser um romance infanto-juvenil, ele é um pouco diferente daquelas estorinhas onde a turminha desvenda os mistérios, a temática aqui é adulta, pois se trata de um serial killer. Em seu desenvolvimento, as frases são bem curtas, muitos diálogos, desenhos e a velha fórmula de sempre, mocinha, bandido e herói. A leitura é muito, muito rápida e ótima para novos leitores que estão saindo da leitura um pouco mais infantil ou qualquer pessoa que está começando a ler e quer algo bem simples.

Agora para quem já tem uma certa bagagem literária, pode ser que não goste muito, ou nada como eu. Mas até que eu vi muita gente que gostou, e gosto é gosto. As falas são tão rápidas e curtas que na quinta página eu já estava deprimido, os personagens são completamente irritantes, principalmente a mocinha, eu torci muito para que ela morresse. O vilão é um fanfarrão e o herói é o menos louco nisso tudo, mas não menos chato. No geral é uma estorinha que é possível adivinhar o final já no começo e um romancezinho nhenhenhém do começo ao fim. Mas, é um livro tão curto que não valia a pena abandoná-lo, em uma dor de barriga no banheiro dá pra ler tudo rapidinho, até porque a impressão é que o próprio Sheldão escreveu este livro nessas condições.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Depois Que o Livro Se Fecha... O Pacto (Joe Hill)

Sinopse: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis.










Na Minha Opinião de Merda... Você já deve ter se perguntado como seria o seu mundo caso conseguisse extrair de todas as pessoas a sua volta o que elas realmente pensam, sentem e cobiçam, tanto em relação a você quanto a elas mesmas. Talvez nem sempre a verdade seja a coisa mais confortável, na maior parte do tempo é melhor que nossos piores pensamentos, sentimentos e desejos fiquem escondidos bem profundamente. E não ache que você não tem nada a esconder, porque sim meu amigo, todos temos nosso lado obscuro, nossos demônios interiores.
Quando Iggy Perrish descobre um par de chifres crescendo em sua testa , e que os tais chifres lhe dão o poder de despertar o que há de pior nas pessoas, ele entende que ouvir as piores verdades pode ser uma maldição.
Nesse seu segundo romance, Joe Hill nos apresenta uma ótima premissa, que infelizmente se perde em função de personagens bidimensionais. Ao manter a ideia em um escopo mais pessoal, procurando focar a narrativa no drama da trinca de personagens principais, Hill deixa de explorar uma gama de possibilidades que poderiam ser facilmente desenvolvidas em virtude dos poderes extraordinários de seu protagonista. Um homem comum que se torna o Diabo, podendo extrair os segredos mais sujos de qualquer um, e ainda ganhando de lambuja a habilidade de influencia-las em diversos níveis de pensamento, talvez não ficasse perdendo tanto tempo com lamentações. Não que o autor não possa desenvolver seus personagens de forma mais densa, pelo contrario, um dos atributos que eu mais prezo em uma boa narrativa é a profundidade e as varias camadas de personalidade que se pode atribuir, mas quando não existe uma grande evolução, ou uma mudança sensível de comportamento, tem-se a impressão de que os personagens não saíram do lugar.
Apesar não ter gostado tanto do foco da trama, não posso deixar de dizer que O Pacto é sim um livro extremante divertido, com algumas passagens que beiram o memorável, (como a parte em que Iggy faz sua pregação para centenas de animais rastejantes), compondo algumas passagens com bastante sensibilidade e até mesmo de forma bastante poética (como a cena final na casa da arvore). Enfim, um interessante estudo sobre humanidade, e como temos a incrível capacidade de esconder nossos demônios de nós mesmos. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... O Pensamento Vivo: Guevara (Org. da Martin Claret)



 Existem muitas biografias sobre este grande revolucionário, está é mais uma, pois um pouco mais diferenciada das outras. Esta edição não tem autor, é uma organização da Martin Claret.  Apesar de ser pequena, é muito bem montada, pois conta com a biografia em si, depoimentos de vários autores, depoimentos do próprio Che, curiosidades e é ricamente ilustrada da primeira até a ultima página.











Na Minha Opinião De Merda... Eu tenho várias obras sobre Che e obras escritas por ele, mas essa pequena aqui é a minha preferida, pois ela é feita de uma forma muito simples e direta, contém muitas fotos, a cada duas páginas no alto tem uma citação de Che, contém depoimentos de escritores e jornalistas, contém também a carta que ele escreveu a Fidel se despedindo, uma verdadeira pequena mas com conteúdo muito grande. É uma ótima introdução para quem quer conhecer melhor aquele mano de boina que tem aquela foto que vemos em todos os cantos. Che foi (e ainda é) uma das grandes influências na minha adolescência assim como é para muitos jovens e velhos de todo o mundo. Claro que as pessoas tem opiniões que divergem muito, claro que a maioria esmagadora (assim como eu) não sabe como foi Che realmente, pois sua imagem se tornou muito grande e como consequência muito romântica. Mas eu prefiro ter Che como um exemplo, uma influência, do que ter atores ou cantores pop como ídolos que as pessoas trocam a cada hit que se ultrapassa, Che foi um latino americano que com um fuzil e muitas palavras defendeu a América, a nossa América Latina e não os E.U.A. como muitos tem a ignorância de tratar como América em um todo. Essa é a minha opinião de merda, gostou? Bem. Não gostou? Foda-se, vai dar o C$ para o Neymar.





"Muitos me chamarão de aventureiro e o sou, só que de um tipo diferente: dos que entregam a pele para provar suas verdades."



sexta-feira, 24 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... Cântico De Natal / Os Carrilhões (Charles Dickens 1812 - 1870)


Charles Dickens é considerado um dos maiores escritores ingleses do século XIX. Suas obras são classificadas por alguns, como góticas, e que são geralmente ambientadas na Londres industrial de 1830-1850, mas o certo mesmo é que estão cheias de mistério, drama, e com um toque pessoal de sua vida que fica claro a quem conhece um pouco da sua história. Nesta edição trago dois breves contos maravilhosos: Cânticos de Natal (1843),onde Scrooge, um velho avarento que odeia o natal recebe a visita de três fantasmas do natal, passado, presente e futuro e o fazem repensar seus modos e sua visão de mundo. E Os Carrilhões (1845) onde o pobre Toby, trabalhador e humilde homem dos recados fica fascinado pelos sino de uma igreja, que irá lhe ensinar uma lição de vida. Dois belos contos repletos de mistérios e tragédias, onde nem sempre o bem supera o mal.
 










Na Minha Opinião De Merda... Quem se lembra daquele desenho do Tio Patinhas que passa todo natal, onde ele recebe a visitas de fantasmas... Blá blá blá... É isso mesmo, esse desenho é baseado na obra de Dickens Cânticos de Natal (Conto de Natal em outras edições), onde o velho Scrooge, rabugento, avarento  e grande desprezador do natal recebe a visita do fantasma de seu falecido sócio que tem o fardo de carregar pesadas correntes por toda eternidade e lhe mostra que fim leva as pessoas avarentas e ainda lhe avisa que ele receberá a visita de mais três fantasmas, o do passado, o do presente e o do futuro. Bem, a princípio conhecemos o lado ruim de Scrooge, que é realmente repugnante, mas ao decorrer da estória conhecemos seus triste passado e as mágoas que lhe transformaram em uma pessoa egoísta  mas que ainda pode recuperar sua humanidade. É uma estória triste de uma pessoa solitária sendo castigada pelo passado. Em Os Carrilhões, conhecemos o velho Toby, o homem dos recados, que passa dias e noites embaixo de neve e vento na frente de uma igreja a espera de recados que ele leva em troca de miseras moedas que servem somente a sua sobrevivência e de sua filha. Ele fica fascinado com os carrilhões da igreja (sinos) e passa a considera-los seus amigos e ouve mensagens em seus badalos. Ao ler um jornal e condenar a atitude de uma mãe que se mata e consigo sua filha, os duendes e espíritos dos carrilhões decidem lhe levar para o futuro e mostrá-lo as consequências que o amor à um  filho e o desespero de não encontrar nenhuma saída,  faz a pessoa chegar a extremos. Só que ao verem o velho Toby somente a se lamentar, o espírito de uma menina que ele conhece bem, decide mostrar à ele o futuro que  lhe espera. Ao final temos uma curta, mas bela biografia do autor. Enfim, duas grandes obras, personagens magníficos, a leitura é um pouco densa devido a época em que foi escrita, mas a narrativa flui muito bem. Totalmente indicado. Um dos poucos livros que ao final faz o leitor se perguntar: "o que você anda fazendo da sua vidinha?"



"... Uma pequena que vendia flores na porta de um teatro londrino. Ao saber da morte do romancista, a menina que se distraia em tristes noites de inverno com as suaves histórias de natal por ele engendradas perguntou angustiada: 'Morreu Dickens? E o Papai Noel, será que também morreu?'. Para ela, como para milhares de crianças, inglesas ou não, a imagem do escritor fundia-se com o próprio mito natalino."




sábado, 18 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... Triste Fim De Policarpo Quaresma (Lima Barreto 1881-1918) *versão adaptada para novos leitores


Policarpo é um brasileiro apaixonado por seu país e por tudo que seja realmente brasileiro, comida, música, cultura e tudo o que você possa imaginar. Só que esse sentimento fervoroso lhe trará grandes consequências, pois, neste país gigantesco, muitos preferem zombar dele e taxá-lo como louco. Para provar para si mesmo que é um bom brasileiro, se envolve em um conflito para ajudar o presidente, mas acaba perdendo as ilusões que alimentou durante toda sua vida.














Na Minha Opinião De Merda... Mais um da minha esposa, mais uma versão adaptada, mais uma grande descoberta para mim. Triste Fim, é uma obra que vou procurar lê-la na edição integral. O personagem principal, Major Policarpo Quaresma é um nacionalista fanático solitário que conta com uma única irmã como família e com pouquíssimos amigos, esse fanatismo que para ele é natural, acaba lhe trazendo sérios problemas, tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Policarpo é apaixonado por estudos sobre qualquer tema que envolva o Brasil ou qualquer atividade que ele colocará em prática, em uma época que o simples fato de ler ou possuir livros era considerado apenas privilégios de doutor e quem não fosse deveria ser louco e que essa pratica deveria ser considerada crime (infelizmente isso não é obra do autor, esse pensamente realmente existiu e durou por muito tempo). Estudar e ajudar o Brasil a crescer, a isso ele dedica a sua vida, até que rompe em 1893 a revolta da armada, quando a marinha queria expulsar o marechal Floriano Peixoto do poder e restituir a monarquia. Policarpo entra na batalha como um patriota disposto a ajudar seu presidente e seu país  mas logo vai descobrir que não é nada patriótico tirar a vida de conterrâneos e assistir a fuzilamento de jovens inocentes. Um personagem sincero, cativante num cenário espetacularmente bem construído e uma leitura que convida a sua mente a fazer uma séria reflexão: o que é ser um bom brasileiro?





" Este teu irmão foi descobrir dentro de si muita ferocidade. Eu matei, minha irmã, e ainda descarreguei o revólver num homem ferido que gemia no chão. Quando me acertaram, o que mais doía era a minha consciência. Além disso, acho que todo meu esforço foi inútil."