A lua na sarjeta, publicado originalmente em 1953 e um dos mais
conhecidos romances de Goodis, é ambientado na Vernon Street, uma
sórdida e perigosa rua dos subúrbios da Filadélfia que até as ratazanas
evitam. Nessa rua acontece o misterioso suicídio da irmã de William
Kerrigan, um estivador que não se conforma com a tragédia e cuja vida
miserável vai ser envolvida em uma cadeia de acontecimentos marcada por
desejo, vingança e desespero.
Na Minha Opinião de Merda: Peguei esse livro emprestado á um bom tempo com meu camarada Jefferson, mas só á dois ou três dias eu iniciei a leitura do mesmo, e como sempre, dificílmente me decepciono com romances noir, ainda mais de escritores que escreveram suas obras até fins dos anos cinquenta, período de grande abundancia criativa dos autores do gênero. Uma coisa que me chamou muito a atenção na trama foi a forma como Goodis transformou a rua supracitada durante toda a narrativa, a famosa rua Vernon, em uma personagem da historia, como se esta tivesse vida própria. Isso é uma das coisas mais bacanas do livro, a tal rua Vernon, invariavelmente acaba influenciando as pessoas que nela moram, e nosso amigo que protagoniza a história, William
Kerrigan acaba mesmo contra vontade se tornando um produto daquele meio. Goodis consegue transportar ao leitor todo o clima, a sujeira, o ambiente miserável que aquele local representa. E tudo fica ainda mais nítido quando passamos a acompanhar a jornada de Kerrigan, um personagem muito perturbado, que se entrega a obsessão, mas ao conhecer uma linda garota, acaba se envolvendo em um grande dilema. Enfim, nada mais a declarar, corram atrás porque vale a leitura.
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sexta-feira, 12 de abril de 2013
sábado, 10 de novembro de 2012
Depois que o livro se fecha... Atire no pianista (David Goodis)
Na minha opinião de merda...
Literatura noir, foi o que um amigo disse sobre Goodis. "Atire no pianista" é uma leitura rápida e sem rodeios, a trama não é complexa, pelo contrário é muito simples e foi isso que eu mais gostei. Eddie, o pianista, é o personagem principal. É um cara simples, humilde mas que esconde um passado negro e perturbado dentro de si e que a cada paragrafo esperamos que se mostre e toque o terror. Isso é oque prende o leitor, pois não temos a expectativa de chegar ao final da estória e sim de chegar a próxima página, o próximo dialogo... Assim chegamos ao fim sem se dar conta. Não esperem por final feliz, Goodis retrata o cotidiano das classes baixas, dos proletários e daqueles que sabem que não existe finais felizes, somente um dia apos o outro que é igual ao anterior. Noir... isso é literatura e Goodis é um mestre.
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