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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Disparos Do Front Da Cultura Pop (Tony Parsons)

Disparos do Front da Cultura Pop





Aqui estão reunidos 55 textos de Tony Parsons, que viajam desde o nascimento do punk rock inglês, sociedade e política, cultura pop até as brigas de torcidas nos estádios ingleses. 















Na Minha Opinião De Merda... A sensação que tive quando li esse livro, foi que eu estava sentado numa mesa de bar tomando uma cerveja, ouvindo The Clash, assistindo uma partida de futebol e conversando com Parsons como se fosse um velho amigo, que tem muita história pra contar e não mede as palavras pra criticar algo ou alguém e que sabe ser ácido e engraçado ao mesmo tempo. Como se trata de textos jornalisticos, é possível ler casualmente e sem pressa. O único ponto fraco na minha opinião é a edição, pois, Parsons usa muitos trechos de músicas em inglês como citações, mas o querido tradutor, traduz umas sim e outras não, e quem não domina a língua inglesa (como eu) fica boiando em muitas partes e isso prejudicou muito a leitura de certos textos. Ou se traduz tudo (que é o certo) ou não se traduz nada, porque serviço feito pela metade é pior que não feito. Resumindo, o autor e seus textos são ótimos, mas esses pequenos descasos do tradutor, mataram a obra.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... O Pensamento Vivo: Guevara (Org. da Martin Claret)



 Existem muitas biografias sobre este grande revolucionário, está é mais uma, pois um pouco mais diferenciada das outras. Esta edição não tem autor, é uma organização da Martin Claret.  Apesar de ser pequena, é muito bem montada, pois conta com a biografia em si, depoimentos de vários autores, depoimentos do próprio Che, curiosidades e é ricamente ilustrada da primeira até a ultima página.











Na Minha Opinião De Merda... Eu tenho várias obras sobre Che e obras escritas por ele, mas essa pequena aqui é a minha preferida, pois ela é feita de uma forma muito simples e direta, contém muitas fotos, a cada duas páginas no alto tem uma citação de Che, contém depoimentos de escritores e jornalistas, contém também a carta que ele escreveu a Fidel se despedindo, uma verdadeira pequena mas com conteúdo muito grande. É uma ótima introdução para quem quer conhecer melhor aquele mano de boina que tem aquela foto que vemos em todos os cantos. Che foi (e ainda é) uma das grandes influências na minha adolescência assim como é para muitos jovens e velhos de todo o mundo. Claro que as pessoas tem opiniões que divergem muito, claro que a maioria esmagadora (assim como eu) não sabe como foi Che realmente, pois sua imagem se tornou muito grande e como consequência muito romântica. Mas eu prefiro ter Che como um exemplo, uma influência, do que ter atores ou cantores pop como ídolos que as pessoas trocam a cada hit que se ultrapassa, Che foi um latino americano que com um fuzil e muitas palavras defendeu a América, a nossa América Latina e não os E.U.A. como muitos tem a ignorância de tratar como América em um todo. Essa é a minha opinião de merda, gostou? Bem. Não gostou? Foda-se, vai dar o C$ para o Neymar.





"Muitos me chamarão de aventureiro e o sou, só que de um tipo diferente: dos que entregam a pele para provar suas verdades."



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Depois Que O Livro Que Se Fecha... São Marcos De Palestra Itália (Celso de Campos Jr.)


Essa obra é uma pequena biografia de um grande profissional que marcou o futebol brasileiro e mundial, o rapaz de Oriente com jeitão de caipira, apreciador de música sertaneja, que por brincadeira de colegas teria chegado ao Palmeiras trocado por 12 pares de chuteira e que mais tarde ficaria conhecido como São Marcos e considerado por muitos um dos melhores goleiros do mundo em sua melhor fase.














Na Minha Opinião De Merda... Qualquer um que se atreva a falar mal da carreira de Marcos, ou não sabe nada sobre futebol, sobre profissionalismo ou mesmo é um rival que não da o braço a torcer. Mas são poucos os que não reconhecem esse cara como um excelente profissional, carismático e engraçado. Marcos se tornou  São Marcos e o maior ídolo da torcida palmeirense, e não foi a toa, com muita dedicação e anos de serviço prestado ao clube  com glorias, quedas, contusões e em seus últimos anos, carregando elencos que não estavam a altura do clube. Essa obra de caráter jornalistica escrita por Campos Jr. é uma biografia profissional de Marcos, desde sua chegada ao clube até o ano de 2011, quando o arqueiro ainda estava em atividade.  A obra acaba se tornando uma pequena biografia do Palmeiras também. Mas como se trata de um livro sobre Marcos, todos já esperam aquelas estórias engraçadas que ele contava em programas que faziam os jornalistas e espectadores racharem o bico, mas não, não nesse livro que tem um caráter jornalístico e como eu já disse é apenas uma biografia da vida profissional do goleiro. Mas ao todo é um ótimo livro, riquissimamente ilustrado e com depoimentos tirados de jornais. Apesar de eu admitir que esse livro me serviu muito mais para ter curiosidade em ler a outra biografia "nunca fui santo" de Mauro Beting, que todos sabem ficou muito mais conhecida e primeiro da lista por semanas. A única coisa de que não gostei, é que as imagens não são coloridas, algo que provavelmente encareceria ainda mais o livro, mas como eu já disse é um puta livro foda, escrito maravilhosamente bem e que eu não conseguia parar de ler. Leitura obrigatória para todo palestrino.







 "O Seaman ainda estava lá (Arsenal) e o Henry disse que ele era o goleiro do time, e que nem sabia quem era o Marcos. Respondi que ele não sabia porque a França não tinha chegado na final da Copa, senão ele ia saber"

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... O Caminho Para Wigan Pier (George Orwell 1903 - 1950)


Na verdade esta bela obra é constituída de dois livros distintos entre si.  A primeira parte, mais descritiva e jornalistica, Orwell vivencia o dia a dia dos trabalhadores das minas de carvão na Inglaterra e no País de Gales. Ele foca a pobreza, e as duras condições desses trabalhadores, ele conhece as minas de perto, as residências dos mineradores e ouve seus relatos de como são tratados por seus patrões e pelo governo que parece ignorar sua existência, mas que depende profundamente do carvão. A segunda parte é um ensaio profundo, agudo e até mesmo humorado sobre a sociedade de classe na Inglaterra. Percebe-se claramente uma forte critíca ao capitalismo vigente e ao socialismo de bermuda e chinelo que se opõe ao primeiro, mas segundo Orwell é feito da maneira mais errada possível.








Na Minha Opinião De Merda... Jorjão ficou profundamente impressionado com o que viu, e eu também. Suas descrições da miséria, do cheiro e das condições de vida dos mineradores e das suas famílias atingem em cheio o leitor. Orwell simplesmente não observou essa realidade, ele pegou sua mala, lápis e papel e realmente viveu entre esses mineiros, ele entrou em diversas minas para fazer da sua obra autentica e verdadeira, ele fez o jornalismo verdadeiro e escreveu com a alma, coisa bem diferente do que vemos hoje, com repórteres explorando o sofrimento das pessoas ao mesmo tempo em que estão preocupados em como estão se saindo diante da câmera. A segunda parte é uma dura crítica em tom confessional sobre a estrutura social da Inglaterra e o preconceito de classes. Também faz críticas com uma boa dose de ironia aos socialistas ingleses cada vez mais distantes dos trabalhadores . O livro conta com boas ilustrações que melhoram ainda mais a obra. Para se tornar fã de Jorjão basta apenas ler uma única página desse grande autor.

Aqui fica uma pequena homenagem da Alice Nas Correntes à um dos nossos heróis:




"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade"

George Orwell


Depois Que o Livro Se Fecha... Os Últimos Mafiosos (John Follain)

Os Últimos Mafiosos traça a espetacular ascensão e a queda da mais rica e mais poderosa família criminosa da história: o clã da máfia siciliana “Corleonese”. À parte da romântica aura dos filmes de Hollywood, este livro retrata a face verdadeira da família criminosa a qual inspirou Mario Puzo a escrever O Poderoso Chefão – The Godfather. Baseado em páginas e páginas de documentos judiciais, transcrições, testemunha dos desertores mafiosos e entrevistas com investigadores, esta é a última palavra no mundo da mais famosa organização criminosa.







Na Minha Opinião de Merda: Como um grande fã de filmes sobre máfia, tanto irlandesa quanto italiana, não poderia ter tido uma melhor incursão no mundo real do crime organizado, como nesse livro do John Follain. Quanto mais as paginas se viravam, mais impressionado eu ficava com o que ¨Os Camponeses¨ tiveram saco roxo pra fazer em prol da família Corleonese. O trabalho de pesquisa do livro foi gigantesco, o que torna toda a narrativa muito vivida, e te faz entender as motivações dos grandes mafiosos, por mais sangrenta que fosse a forma de alcançar seus objetivos. Talvez a figura que mais chame atenção durante a leitura seja mesmo a de Salvatore Riina, provavelmente o maior responsável por tornar o Clã Coleonese o mais violento e sangrento da historia. Seu modus operandi sempre calcado no mais puro terrorismo, consistia em obliterar qualquer um que representasse uma ameaça, por menor que fosse, ao seu reinado como capo de tutti capi (chefe de todos os chefes). È assustador descobrir como a máfia conseguiu se infiltrar e corromper toda a estrutura do país. Seus associados eram formados por médicos, políticos, policiais, magnatas do setor privado entre tantos outros setores que constituem os alicerces do governo. Mas o que talvez seja mais impactante em tudo isso, como o próprio autor descreve no final do livro é que a mafia esta longe de ser expurgada , sendo ainda hoje extremamente atuante. Pra se ter uma idéia, praticamente 10% do PIB total do país é oriundo de atividades ilegais do crime organizado, principalmente trafico de drogas e extorsões. Atualmente cerca de 70% dos estabelecimentos comerciais no sul da Itália são coagidos a pagar por proteção. Logo, esqueça toda aquela visão romantizada pelo cinema em filmes como O Poderoso Chefão e Os Bons Companheiros, aqui a historia é realmente manchada de sangue.

domingo, 31 de março de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... Fidel e a Religião - Conversas Com Frei Betto (Frei Betto)



Frei Betto acabava de ser jurado do prêmio literário da Casa de las Américas e foi convidado a uma coversa privada com Castro. Durante 23 horas Fidel Castro concedeu uma entrevista a Frei Betto em um hotel em Cuba. O livro foi escrito em 1985, quando a questão religiosa era um tema muito discutido devido aos assassinatos de religiosos que se opunham as ditaduras nas ultimas décadas. O livro ao todo é uma grande entrevista, onde Fidel narra sua própria biografia e claro discute assuntos religiosos com Frei Betto.





Na Minha Opinião de Merda... É um livro em que acompanhamos um conversa entre Betto e Castro, que corre de uma forma amigavél, onde parece que os dois são amigos de tempos. O livro contém 379 páginas mas parece que estamos sentados alo lado dos dois apenas ouvindo atentamente essa conversa e nem percebemos as páginas virando. Não quero expor minhas visões politicas, pois eu mesmo não as enxergo direito, mas o que posso dizer é que é na minha opinião é um dos melhores livros que já li e que espero reler.

Depois Que O Livro Se Fecha... A Luta Dos Pracinhas (Joel Silveira 1918 - 2007 / Thassilo Mitke)


   O que a droga da escola ensina sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial? Porra nenhuma... Mas esse livro (mais um perdidão no sebo do bairro) me ensinou tudo o que eu e a maioria dos brasileiros não sabia, o Brasil teve uma importante participação na 2.a Guerra. Quem nos ensina isso são os correspondente de guerra Joel e Thassilo, que relatam tudo o que viram enquanto estiveram lado a lado dos soldados da FEB desde o desembarque na Itália em setembro de 1944, o frio assassino, batalhas sangrentas, a rendição do famoso Monte Castelo até a rendição de uma divisão Panzer alemã inteira e uma outra remanescente italiana e o fim da guerra em maio de 1945. Uma obra envolvente, sincera e muito bem narrada.







Na Minha Opinião De Merda...  É uma obra maravilhosa, pois, como eu já disse a porra da escola não ensina porra nenhuma sobre o Brasil na 2.a Guerra. E graças aos autores que estiveram no front, podemos saber como foi importante a participação do nosso país. O livro é ricamente ilustrado, a leitura é envolvente  mas não é nenhum pouco apelativa ao patriotismo, é uma obra jornalistica, mas escrita de forma impecável e que deve ser consultada e relida. Antes de jogarmos Medal of Honor ou se emocionar com o Resgate do Soldado Ryan, deveríamos ler esse livro, pois a nossa história nessa guerra de merda não fica nenhum pouco atrás da história dos outros países. Não sou patriota, muito menos nacionalista mas não custa nada aprendermos um pouco sobre nós mesmos antes de aprender sobre os outros.