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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Disparos Do Front Da Cultura Pop (Tony Parsons)

Disparos do Front da Cultura Pop





Aqui estão reunidos 55 textos de Tony Parsons, que viajam desde o nascimento do punk rock inglês, sociedade e política, cultura pop até as brigas de torcidas nos estádios ingleses. 















Na Minha Opinião De Merda... A sensação que tive quando li esse livro, foi que eu estava sentado numa mesa de bar tomando uma cerveja, ouvindo The Clash, assistindo uma partida de futebol e conversando com Parsons como se fosse um velho amigo, que tem muita história pra contar e não mede as palavras pra criticar algo ou alguém e que sabe ser ácido e engraçado ao mesmo tempo. Como se trata de textos jornalisticos, é possível ler casualmente e sem pressa. O único ponto fraco na minha opinião é a edição, pois, Parsons usa muitos trechos de músicas em inglês como citações, mas o querido tradutor, traduz umas sim e outras não, e quem não domina a língua inglesa (como eu) fica boiando em muitas partes e isso prejudicou muito a leitura de certos textos. Ou se traduz tudo (que é o certo) ou não se traduz nada, porque serviço feito pela metade é pior que não feito. Resumindo, o autor e seus textos são ótimos, mas esses pequenos descasos do tradutor, mataram a obra.



segunda-feira, 31 de março de 2014

Depois Que o Livro Se Fecha... O Pacto (Joe Hill)

Sinopse: Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis.










Na Minha Opinião de Merda... Você já deve ter se perguntado como seria o seu mundo caso conseguisse extrair de todas as pessoas a sua volta o que elas realmente pensam, sentem e cobiçam, tanto em relação a você quanto a elas mesmas. Talvez nem sempre a verdade seja a coisa mais confortável, na maior parte do tempo é melhor que nossos piores pensamentos, sentimentos e desejos fiquem escondidos bem profundamente. E não ache que você não tem nada a esconder, porque sim meu amigo, todos temos nosso lado obscuro, nossos demônios interiores.
Quando Iggy Perrish descobre um par de chifres crescendo em sua testa , e que os tais chifres lhe dão o poder de despertar o que há de pior nas pessoas, ele entende que ouvir as piores verdades pode ser uma maldição.
Nesse seu segundo romance, Joe Hill nos apresenta uma ótima premissa, que infelizmente se perde em função de personagens bidimensionais. Ao manter a ideia em um escopo mais pessoal, procurando focar a narrativa no drama da trinca de personagens principais, Hill deixa de explorar uma gama de possibilidades que poderiam ser facilmente desenvolvidas em virtude dos poderes extraordinários de seu protagonista. Um homem comum que se torna o Diabo, podendo extrair os segredos mais sujos de qualquer um, e ainda ganhando de lambuja a habilidade de influencia-las em diversos níveis de pensamento, talvez não ficasse perdendo tanto tempo com lamentações. Não que o autor não possa desenvolver seus personagens de forma mais densa, pelo contrario, um dos atributos que eu mais prezo em uma boa narrativa é a profundidade e as varias camadas de personalidade que se pode atribuir, mas quando não existe uma grande evolução, ou uma mudança sensível de comportamento, tem-se a impressão de que os personagens não saíram do lugar.
Apesar não ter gostado tanto do foco da trama, não posso deixar de dizer que O Pacto é sim um livro extremante divertido, com algumas passagens que beiram o memorável, (como a parte em que Iggy faz sua pregação para centenas de animais rastejantes), compondo algumas passagens com bastante sensibilidade e até mesmo de forma bastante poética (como a cena final na casa da arvore). Enfim, um interessante estudo sobre humanidade, e como temos a incrível capacidade de esconder nossos demônios de nós mesmos. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Depois Que o Livro Se Fecha... Os viúvos (Mario Prata)

Os viúvos traz uma nova aventura do detetive Ugo Fioravanti e seu fiel companheiro Darwin Matarazzo na bela ilha de Florianópolis. Desta vez, o ex-policial federal e agora detetive particular, Fioravanti, terá que desvendar dois sequestros, encontrar uma mulher a pedido do príncipe de Dubai e descobrir quem é o louco remetente E.R.N., que lhe envia e-mails com desabafos sobre sua vida tediosa, seus problemas com a Receita Federal e com avisos dos vários crimes que cometerá. Será que os acontecimentos e os e-mails misteriosos têm alguma ligação? Quem é, afnal de contas, esse tal E.R.N.? Além da tumultuada rotina de uma investigação criminal, Fiora ainda precisa lidar com um triângulo amoroso envolvendo uma ex-namorada e sua filha e resolver os problemas matrimoniais de Darwin, seu assistente.


Na Minha Opinião de Merda: Tenho que dizer que fui surpreendido por este livro, nunca fui muito de ler literatura nacional, até por ter um certo trauma da época de colégio, quando as únicas coisas que nos eram apresentadas eram livros de Machado de Assis e afins (não querendo criticar os clássicos nacionais mas um garoto de quatorze, quinze anos, com hormônios saindo pelas orelhas jamais vai conseguir ler ou quiçá absorver alguma coisa de obras tão complexas em sua linguagem) e me dedicava a ler as estórias de Sir Arthur Conan Doyle, que eram muito mais divertidas e prendiam muito mais a minha atenção. Mas ao iniciar a leitura de ¨Os Víuvos¨ descobri que SIM, existem escritores contando estórias maneiras em território nacional, e trazendo uma estrutura narrativa muito dinâmica, a leitura flui que é uma maravilha, livro extremamente engraçado, passei a maior parte do tempo rachando o bico, com as mais absurdas situações. Os dois personagens principais são muito fodas, tanto o detetive comedor e boca suja Fioravanti, quanto seu braço direito meio loser Darwin Matarazzo, os caras são hilariantes, explorando a mais pura tragicomédia. Algo que ficou do caralho no livro são as varias referencias que o autor inseriu durante a narrativa, referencias que vão de Dashiell Hammet, Raymond Chandler até o escritor cubano Leonardo Padura Fuentes, do qual Mario Prata utilizou um trecho de seu livro Ventos de Quaresma, que eu achei muito bom, e concerteza irei correr atrás dos livros deste camarada. Dito isto, uma das minhas melhores leituras deste ano, vou buscar outros livros do Mario Prata, porque o estilo sujo de escrita do cara me agrada muito...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Depois Que o Livro Se Fecha... Sobrevivente (Chuck Palahniuk)

Ele tinha tudo para dar certo. Mas resolveu que iria seqüestrar um avião e... se matar. Com a mesma agilidade e inteligência do "Clube da Luta", Chuck Palahniuk dispara seu tiro certeiro neste "Sobrevivente". O alvo? As instituições decadentes do sistema capitalista e a mesmice do cotidiano da vida moderna. E nem os desesperados merecem perdão. Como diz o personagem principal Tender Branson à garota ao telefone, "se mate!"

Minha Opinião de Merda:  


Mais uma vez Chuck Palahniuk explode minha cabeça, me levando numa viagem sem volta nos fluxos de pensamento de Tender Branson, um fodido que não sabe o que fazer com sua vida, mas que acaba se tornando um líder religioso por conta da ambição de terceiros. Chuck mais uma vez cospe toda sua acida critica ao modo de vida americano, a indústria do consumo e a religião, mas sem se ater a questões espirituais, e sim a estrutura criada para manipular as pessoas sob um falso pretexto espiritual. Humor negro, ironia, sarcasmo, recheiam as paginas do livro com uma lucidez psicopática, como se isso fizesse sentido de alguma forma. Ter a percepção por trás dos olhos do anti-cristo superstar, funcionário escravo Tender Branson, é algo único, Palahniuk é mestre em seu estilo narrativo, rápido e certeiro, fazendo com que cada neurônio do seu cérebro fervilhe, plantando pequenas sementes de insatisfação, nos fazendo enxergar a  lama na qual nos rastejamos...