Mostrando postagens com marcador Romance Histórico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Romance Histórico. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... Triste Fim De Policarpo Quaresma (Lima Barreto 1881-1918) *versão adaptada para novos leitores


Policarpo é um brasileiro apaixonado por seu país e por tudo que seja realmente brasileiro, comida, música, cultura e tudo o que você possa imaginar. Só que esse sentimento fervoroso lhe trará grandes consequências, pois, neste país gigantesco, muitos preferem zombar dele e taxá-lo como louco. Para provar para si mesmo que é um bom brasileiro, se envolve em um conflito para ajudar o presidente, mas acaba perdendo as ilusões que alimentou durante toda sua vida.














Na Minha Opinião De Merda... Mais um da minha esposa, mais uma versão adaptada, mais uma grande descoberta para mim. Triste Fim, é uma obra que vou procurar lê-la na edição integral. O personagem principal, Major Policarpo Quaresma é um nacionalista fanático solitário que conta com uma única irmã como família e com pouquíssimos amigos, esse fanatismo que para ele é natural, acaba lhe trazendo sérios problemas, tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Policarpo é apaixonado por estudos sobre qualquer tema que envolva o Brasil ou qualquer atividade que ele colocará em prática, em uma época que o simples fato de ler ou possuir livros era considerado apenas privilégios de doutor e quem não fosse deveria ser louco e que essa pratica deveria ser considerada crime (infelizmente isso não é obra do autor, esse pensamente realmente existiu e durou por muito tempo). Estudar e ajudar o Brasil a crescer, a isso ele dedica a sua vida, até que rompe em 1893 a revolta da armada, quando a marinha queria expulsar o marechal Floriano Peixoto do poder e restituir a monarquia. Policarpo entra na batalha como um patriota disposto a ajudar seu presidente e seu país  mas logo vai descobrir que não é nada patriótico tirar a vida de conterrâneos e assistir a fuzilamento de jovens inocentes. Um personagem sincero, cativante num cenário espetacularmente bem construído e uma leitura que convida a sua mente a fazer uma séria reflexão: o que é ser um bom brasileiro?





" Este teu irmão foi descobrir dentro de si muita ferocidade. Eu matei, minha irmã, e ainda descarreguei o revólver num homem ferido que gemia no chão. Quando me acertaram, o que mais doía era a minha consciência. Além disso, acho que todo meu esforço foi inútil."

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Depois Que O Livro Se Fecha... Garibaldi e Manoela: Uma História De Amor (Josué Guimarães 1921 - 1986) *versão adaptada para novos leitores


Uma guerra pode ser tão cruel, que é capaz de interferir e até destruir o mais belo dos sentimentos, o amor.

Baseado em um cenário real, personagens reais, e um fato histórico real. Guimarães narra uma história de amor belo e triste em meio a Guerra dos Farrapos entre 1835 e 1845. Lembrando que está é uma versão adaptada para novos leitores.














Na Minha Opinião De Merda... Estava eu a pensar... Poxa, preciso conhecer mais os grandes autores brasileiros, aqueles que sempre tive um certo receio de conhecer, pois, sempre gostei de grandes aventuras, assassinatos, sangue e magia, coisas que praticamente não existem nos clássicos tupiniquins, mas... O tempo passa e os gostos vão evoluindo (para melhor eu espero). Até que encontrei em minha estante, onde ficam os meus livros e os da minha esposa, (que são mais femininos e melosos nhenhenhém) está edição que é de quando ela ainda era estudante. Ela me garantiu que era uma ótima estória, e que o cenário e o enredo estão além do título. E para completar, está é uma edição para novos leitores, ótimo para mim que desconheço muita coisa da literatura brasileira e me irrito fácil quando preciso consultar mil vezes o dicionário. Mas decidir encarar. Agora que terminei e como se trata de uma edição adaptada, eu me permiti me fazer duas perguntas:
1- O que eu achei da estória? Com certeza se trata de um caso de amor belo e triste, pois o tio de Manoela, nega o casamento com o italiano, quando os dois tinham certeza do amor que compartilhavam. Não é meu tipo de estória favorita, mas não posso negar que é boa. Outra coisa que gostei muito é que os personagens são reais, MAS... não se esqueçam que o autor dispõe de uma coisinha chamada liberdade poética,  então não podemos considerar os fatos narrados como verdadeiros e esse livro como uma fonte histórica fidedigna. Mas no geral gostei e vou procurar outras obras de Seu Guimarão.
2- O que eu achei da adaptação?  Eu gostei, pois, a linguagem está clara e fácil,  a narrativa está rápida e conta com boas ilustrações e mapas para auxiliar na localização dos fatos narrados. Tentei enxergar a obra como uma criança obrigada a ler esse livro para tirar uma boa nota... Dá pra ler numa boa, não é um bicho de sete cabeças. Também tentei ler como uma criança que pega o seu primeiro livro, e quer viajar pela leitura, posso dizer que gostei bastante e ia pedir outro para a professora. Então é isso aí, vocês que são mais grandinhos e menos preguiçosos e chatos que eu, procurem a versão integral, quando eu a tiver, sem dúvidas vou ler, qualquer arrependimento, eu falo.


"- Tu, que foste destinada a ser mulher de um outro!"

quarta-feira, 27 de março de 2013

Depois Que o Livro Se Fecha... O Cavaleiro da Morte (Bernard Cornwell)

"O Cavaleiro da Morte" é um belíssimo relato de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado. O livro começa no dia seguinte aos eventos de O último reino, primeiro volume da série.
São tempos terríveis para os saxões. Derrotados pelos vikings, Alfredo e seus seguidores sobreviventes procuram refúgio em Æthelingæg, a região a que ficou reduzido o reino de Alfredo. Aí, encobertos pela neblina, viajam em pequenos barcos entre as ilhas na esperança de se reagruparem, e encontrarem mais apoio.
Ao reunir o Grande Exército, os vikings têm apenas uma ambição: conquistar Wessex. Quando atacam em uma escuridão impiedosa, Uhtred se vê surpreendentemente do lado de Alfredo. Aliados improváveis: um rei cristão devoto e um pagão que vive da espada. Alfredo é um erudito; Uhtred, um guerreiro cheio de arrogância. No entanto, a desconfortável aliança é forjada e os conduzirá dos pântanos para a colina íngreme, onde o último exército saxão lutará pela existência da Inglaterra.

Na Minha Opinião De Merda: Incrível continuação de O Ultimo reino, Cornwell é foda, explodiu minha cabeça mais uma vez neste romance, que desta vez trouxe muito mais ação, honra (ou não), sangue e morte. O pior dos livros do Cornwell é que ele cria personagens tão maneiros, que você acaba se apegando a boa parte deles, e quando você menos espera, é espada no peito, machado na cabeça e um abraço, o personagem encerra sua trajetória sem que nem ao menos você esteja preparado pra isso. Nesse volume acabaram rolando alianças que eu não imaginava que podiam acontecer, e que acabou tornando as coisas bastante interessantes, mesmo Uthred ainda naquelas de não saber com certeza a quem jurar lealdade, se a seu amigo e dinamarquês Ragnar, á quem considera como um irmão, ou ao rei Alfredo á quem já deixou explicito seu ódio, mas que no momento é a ultima resistência da Inglaterra ao domínio dinamarquês. Muitas cabeças rolaram, e Uthred vem se mostrando um puta guerreiro, sangue na bola dos olhos, e foi um personagem muito bem trabalhado nesse livro, sendo explorada algumas facetas legais, como sua curta carreira como viking, saqueando, criando alianças com o inimigo entre outras barbáries. Dito isto, essa tem sido a melhor serie que eu tenho acompanhado, logo, voltarei a acompanhar as batalhas e as paredes de escudos em breve.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Depois Que o Livro Se Fecha...O Último Reino (Bernard Cornwell)


O Último Reino é o primeiro romance de uma série que contará a história de Alfredo, o Grande, e seus descendentes. Aqui, Cornwell reconstrói a saga do monarca que livrou o território britânico da fúria dos vikings. Pelos olhos do órfão Uthred, que aos 9 anos se tornou escravo dos guerreiros no norte, surge uma história de lealdades divididas, amor relutante e heroísmo desesperado. Nascido na aristocracia da Nortúmbria no século IX, Uthred é capturado e adotado por um dinamarquês. Nas gélidas planícies do norte, ele aprende o modo de vida viking. No entanto, seu destino está indissoluvelmente ligado a Alfred, rei de Wessex, e às lutas entre ingleses e dinamarqueses e entre cristãos e pagãos.

Minha Opinião De Merda:

Minha primeira incursão na literatura de Bernard Cornwell não poderia ter sido melhor do que com O Ultimo Reino, primeiro volume da Serie Crônicas Saxônicas. Cornwell não é considerado um dos melhores escritores de ficção histórica por acaso, e a forma como ele consegue conduzir a linha narrativa, misturando dezenas de personagens sem perder o fio condutor, e ainda dando certa profundidade aos mesmos é espetacular. Já li em muitas resenhas que poucos conseguem descrever cenas de batalha como Cornwell, e pude comprovar que de fato isso é verdade, durante a leitura você fica tão submerso nas situações, que praticamente pode sentir-se guerreando numa parede de escudos, devido muito à narrativa extremamente dinâmica. Uma das coisas que mais me agradaram na historia foi à forma como a religião foi abordada, indo de um extremo a outro, de um lado os devotos cristãos, do outro os guerreiros pagãos, a fé funcionando como foco de motivação, direcionando cada peça desse imenso tabuleiro. Pra quem gosta muito de historia, principalmente o período pré-medieval, indicação máxima, uma incrível fusão de fatos históricos com uma trama intrincada e imprevisível.