sexta-feira, 30 de maio de 2014

Homem-Máquina - Max Barry

Charles Neumann é engenheiro e trabalha em um sofisticado laboratório de pesquisas. Ele não tem amigos ou qualquer tipo de habilidade social, mas ama máquinas e tecnologia. Por isso, quando perde uma das pernas em um acidente de trabalho, Charlie não encara a situação como uma tragédia, mas como uma oportunidade. Ele sempre achou que o frágil corpo humano poderia ser aperfeiçoado, e então decide colocar em prática algumas ideias. E começa a construir partes. Partes mecânicas. Partes melhores.

Na Minha Opinião de Merda... Uma das estorias mais bizarras que já li na vida, mas não digo isso de uma forma negativa, pelo contrario, esse é um daqueles livros que te faz parar e pensar em alguns conceitos que fogem completamente de nosso cotidiano, nos faz pensar ¨fora da caixa¨. Max Barry extrapola a idealização estética que habita o pensamento contemporâneo, explorando a transformação  do ser em objeto. Mas a discussão aqui foge um pouco do velho debate da superficialização do homem moderno, e foca-se mais na relação estética vs praticidade. Em uma sociedade em que a máxima, podemos dizer , é ¨tempo é dinheiro¨, o imediatismo inerente a nossa cultura capitalista, a troca do rebuscado pelo pratico parece ser algo extremamente plausível, e até mesmo uma evolução natural. ¨Substituir¨ é a palavra de ordem nessa obra. Porque Apostar na ineficiência biológica de nossos corpos, quando podemos realizar ¨upgrades¨ que tornariam nossas capacidades medíocres em exemplos de eficiência? Essa é uma das questões que são desenvolvidas de forma bastante interessante, com um dinamismo que torna a leitura fácil e rápida. Max Barry trabalha sua estoria em um escopo de ficção cientifica, mas acaba flertando também com o nonsense, o que gera uma mistura interessante, metamorfoseando sua criação em uma especie de ¨proto cyberpunk¨, o que acabou suscitando algumas referencias na minha cabeça durante a leitura. Enfim, um livro bem diferente, com umas invencionices malucas, mas que são muito bem vindas pra quem acompanha o marasmo criativo dos dias de hoje.

¨Quando criança, eu queria ser um trem. Não percebia que isso era incomum - as outras crianças brincavam com trens, não queriam ser um - gostavam de construir trilhos e impedir que os trens saíssem deles. De vê-los passar por tuneis. Eu não entendia isso. O que eu gostava era de fingir que meu corpo era composto por 200 toneladas de aço, impossível de ser parado. De imaginar que eu era feito de pistões, válvulas e compressores hidráulicos.¨

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Meu pequeno leitor

Por Jeff_JunKHead


Quando estou em casa, tenho o costume de ler deitado no sofá e com um travesseiro, no outro sofá minha esposa assiste a novela enquanto meu bebê de um ano e meio fica brincando na sala com seus brinquedos. Certo dia levantei para ir ao banheiro, o danadinho pegou o meu livro que deixei no braço do sofá e o resultado foi essa cena:


Peguei o primeiro celular que vi e registrei o momento. Quando cheguei por trás, percebi que o livro estava de ponta cabeça e ele fingia que estava lendo em voz alta. Ele passava as páginas  amassando uma por uma e fingia ler falando "bababa" e outras palavras na língua dos bebês. 

Ao mesmo momento que fiquei feliz, uma tristeza se misturou a minha alegria e fiquei meio estranho. Fiquei pensando o quanto eu servia  de exemplo para uma criança tão pequena. Essa bela imagem, que nunca mais vai sair da minha mente me fez pensar que, para esse pequeno ser que me chama de "papai" e adora um biscoito recheado, não importa nem um pouco se eu acordo de mal humor, se estou sem grana, sem trampo, não se importa quais são as marcas das minha roupas, qual a imagem que passo para a sociedade, se tenho carro ou ando de ônibus, se sou bonito ou feio, se as roupinhas que compro pra ele são caras ou não. A única coisa que importa para ele é o quanto sua mãe e eu o amamos. Por enquanto ele chora por pequenas coisas, como um biscoito, um pirulito, um desenho na TV, ou mesmo por atenção. Coisas tão simples e pequenas que as vezes não damos valor, e que podem valer mais que nosso celular ou nosso tênis caro. Para essa sociedade consumista em que vivemos hoje em dia, eu posso não ter valor nenhum, mas nesse momento eu percebi que sou exemplo para uma criaturinha inocente que ainda enxerga esse mundo com inocência e curiosidade. Diante desse mundo animal e cruel lotado de gente que não vale o ar que respira, eu vou ter que criar meu bebê, ensiná-lo o certo e o errado, e eu espero que esteja fazendo a coisa certa. Mas uma coisa eu acabei de aprender, enquanto eu tiver importância para o meu bebê eu tenho por obrigação fazer deste mundo um lugar um pouco melhor, e isso começa pelos meus exemplos.




O Lucas tem um ano e sete meses e adora sentar no meu colo para juntos lermos em "bebenês" seus livrinhos infantis.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Quebrando meus preconceitos literários: Paulo Coelho

Por Jeff _JunKHead



Quando somos jovens achamos inocentemente que seremos jovens para sempre, vemos o mundo de forma diferente, vemos mais caminhos do que obstáculos. cara, como isso era bom. Eu imaginava que usaria camisas de banda e All Star até a velhice, imaginava que seria um revolucionário como o Che, imaginava que nunca iria me submeter ao sistema e imaginava que nunca, mas nunca mesmo iria ler algo como "Paulo Coelho", esse escritor de meia tigela que escreve para donas de casa e pessoas que gostam de livros de auto-ajuda. Bem... As coisas mudam, as pessoas mudam e eu mudei, e mudei muito. É claro que tudo que amamos na nossa adolescência nunca se perde, pelo contrário, guardamos com carinho e saudades algumas coisas e outras levamos para toda vida. Mas quando passamos dessa fase, aprendemos a "aprender", a abrir a cabeça para novas coisas e percebemos que não somos o centro do universo, aprendemos que o sistema é indestrutível, mas o mais importante de tudo é que aprendemos a amadurecer e com isso a quebrar certos preconceitos.

Sempre condenei Paulo Coelho como escritor, olhava torto para seu livros, e achava ridículo ver pessoas lendo seus livros no metrô. Certo dia ouvindo um Nerdcast que o entrevistava, eu vi que se tratava de um cara divertido pelo menos, mas eu parei e me perguntei: Mas qual o motivo dessa raiva? Não sei. Eu já li alguma obra dele? Não. E então concluí: Nossa que idiota que sou, não é esse preconceito sem motivos que vou ensinar para meu filho, de jeito nenhum.

Então, meio que por curiosidade, meio que por culpa, decidi ir até o Sebo do bairro e voltar com um livro do Coelho, que era "O Diário De Um Mago". Quando cheguei em casa e folhei o livro, vi uns exercícios que a primeira vista me pareceram muito sinistros. Liguei para meu camarada Thiago e disse exatamente assim: Nem fodendo vou ler essa porra, vou passar para alguém. Acabei não dando o livro e o estacionei na estante. Mas certo dia, antes de dormir, por impulso mesmo, peguei o livro e comecei a ler, bem decidido mesmo, e logo no começo vi que meu preconceito era baseado no que os "outros" falavam, e percebi o quanto eu estava sendo burro por não tirar minhas próprias conclusões e que provavelmente esses "outros" também se baseavam em palavras de outros e assim por diante.
Eu, "eu mesmo dessa vez" sempre acreditei que aprendemos muito com um livro, independente de qual obra ou autor, de ficção ou não, sempre que acabo um livro eu sinto que mudei um pouco e adquiri alguma coisa nova dos personagens e suas aventuras. Com " O Diário De Um Mago" não foi diferente, eu era uma pessoa quando minha imaginação começou a trilhar o caminho de Santiago com Paulo e Petrus, e eu era outra completamente diferente quando chegamos ao fim. Aprendi que um pouco dessa esperança juvenil e inocente, não faz mal nenhum e que vale apena resgatá-la de vez quando pra encarar esse mundão de merda. Vou deixar a resenha para depois, porque certamente, esse é um livro que vou reler e reaprender com ele durante minha jornada chamada vida. Tudo o que eu gostaria é dizer ao próprio Paulo Coelho: Mano, li seu livro e achei foda! Muito obrigado por escrevê-lo.


" A busca pela felicidade é pessoal, e não um modelo que possamos dar para os outros"
Petrus

Depois Que O Livro Se Fecha... Um Bonde Chamado Desejo (Tennessee Williams 1911 - 1983)

Um Bonde Chamado Desejo



Sem ter onde ir, Blanche Dubois vai morar com a irmã. A mulher que está com sérios problemas nervosos e de personalidade vê seu mundo entrar em conflito com o de Stanley Kowalski, seu cunhado, rude, brutal e sem meias palavras. Na pequena casa de dois cômodos, Stanley e Blanche, travam uma guerra particular.













Na Minha Opinião De Merda... Comecei esse livro sem expectativas, mas logo nas primeiras páginas fui submerso na trama. Todas as cenas (é uma peça teatral) se passam na pequena casa alugada de dois cômodos de Stanley e Stella, que vivem uma típica vida comum da classe operária americana dos anos 40/50, onde o patriarca é o chefe da casa e a mulher é submetida as regras dessa sociedade. Mas quando Blanche, irmã de Stella, chega quase que inesperadamente de mala feita e decidida a ficar, toda a vida do casal muda, pois, Blanche, uma mulher independente e com um passado obscuro não aceita as regras de Stanley e confronta toda sua virilidade. Ora achamos que ambos estão flertando, ora achamos que vão simplesmente se matar. Stella, fica no meio do fogo cruzado e a principal vítima dessa pequena guerra. No começo do livro, achei que a história iria tomar um rumo "sexual", pois Stanley é um homem rude e viril, dono de seu próprio mundo e Blanche uma mulher misteriosa e desinibida, e  pensei que já tinha matado o final, mas a partir da metade a estória toma rumos surpreendentes que beiram a brutalidade, sensualidade e a loucura. Para quem gosta de histórias realistas sem maquiagens e fantasias, esta obra é perfeita. Um livro pequeno, mas que em todas suas páginas nos dá a certeza de que estamos dentro desses cômodos, ora amando ora odiando seus personagens que se materializam a nossa frente. Leitura mais que recomendada.





sábado, 24 de maio de 2014

Sequência de Clube da Luta

Artigo publicado originalmente no jornal britânico The Guardian (clique no link para acessar a matéria original). 

Sequência de Clube da Luta de Chuck Palahniuk aproxima-se da conclusão. 

Palahniuk tem revelado que o roteiro da graphic novel para sua ¨obscura e confusa¨ continuação de Clube da Luta esta completo.

Quebrando as duas primeiras regras do Clube da Luta, Chuck Palahniuk tem revelado que a graphic novel, sequência para o seu mais cultuado livro esta progredindo a passos largos. 

O bestseller e controverso escritor americano, anunciou em julho para uma audiência de fãs de quadrinhos, que ele estava escrevendo uma ¨obscura e confusa¨ continuação para Clube da Luta, que se passa ¨10 anos depois do suposto fim de Tyler Durden¨. 

¨Atualmente, Tyler esta contando a estoria, escondido dentro do Jack, e pronto para lançar um retorno. Jack esta absorto. Marla esta entediada. O casamento deles encalhou na costa rochosa do tédio suburbano da meia idade. È só quando o filho pequeno deles desaparece, sequestrado por Tyler, que Jack é arrastado de volta, pra dentro de um mundo de auto destruição¨.

Agora Palahniuk tem dito em seu fansite oficial que seu ¨roteiro¨ para a sequência foi enviado para o escritor Matt Fraction, e para ¨um editor anônimo para review¨, e que será composto de sete questões. ¨Matt escreve sua própria serie chamada Sex Criminals e faz isso muito bem¨. Escreveu Palahniuk.¨Ele tem me aconselhado sobre formato e outras considerações de roteiros de quadrinhos. Eu estarei escolhendo um ilustrador baseado em suas respostas ao roteiro. A sequência irá consistir de sete questões, totalizando mais de 210 paginas. Dedos cruzados¨. 

Fraction twittou: "#fightclub2 #ohyeahitsfuckinghappening" (¨#clubedaluta2 
#ohyeahporraestaacontecendo¨). Ele também escreveu para seus seguidores ¨Qual é a primeira regra do Clube da Luta?¨, fazendo referencia a famosa passagem do livro: ¨A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala do Clube da Luta¨.

Palahniuk anteriormente expressou reservas em apresentar a continuação, que ele diz estar passando pela sua cabeça há anos, no formato de uma graphic novel. ¨Minha única preocupação é em apresentar isso na forma de uma graphic novel¨, ele disse a Hustler Magazine.¨O meio molda a mensagem, e eu vou estar reaprendendo como contar estorias. A minha tendencia é segurar a trama toda na minha cabeça até que eu tenha medo de esquece-la. Uma vez que eu começo a escrever, eu não consigo parar. Essa agitação febril, mal alimentado, escrevendo no limite da exaustão, é a única parte do processo que eu temo.  

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A insonia e eu (Chuck Palahniuk)

Trago-lhes um artigo muito bacana, escrito por um dos meus escritores contemporâneos preferidos, o fodástico Chuck Palahniuk, para o jornal britânico The Guardian (clique no link para acessar a matéria original).

A insonia e eu 

¨Ambien me ajuda a dormir mais noites do que eu me importo em admitir, embora eu esteja incerto sobre a qualidade desse sono.¨

  A insonia tem seu lado bom. Os escritores Joy Williams e Lewis Hyde descrevem como um artista deve estar ¨quebrado¨ para realizar um ato original de criação. Um escritor ou pintor deve estar abalado por um choque ou sofrimento que atordoa sua mente racional e permiti acesso para inspiração, essa ideia ousada vem de algum detalhe profundamente enterrado da psique ou de alguma inspiração externa. Abstinência funciona. Rejeição, também. Insonia funciona maravilhosamente. 
  Em 1993, eu me encontrava abandonado em Reno, Nevada, sem dinheiro e sem lugar para ficar. À noite eu perambulava sem sono através dos cassinos e restaurantes vazios, exausto, delirante, e inventando uma estoria sobre um cara que pensava que tinha insonia mas estava na verdade vivendo uma vida dupla: sempre que ele achava que estava dormindo seu alter ego se arriscava para ter todas as aventuras que ele mesmo nunca poderia ousar fazer conscientemente. À medida que o sol se levantou sobre a "maior pequena cidade do mundo", eu tinha a base de um romance escrito na minha cabeça.
  Outra escritora, uma grande amiga e bestseller Chelsea Cain, disse que escritores iniciam a vida contando estorias reconfortantes a fim de adormecerem como crianças. Ao longo do tempo, essas estorias crescem mais e mais detalhadamente até que elas assemelham-se aos épicos de Tolkien, mas elas mantem o método principal de relaxar na inconsciência. Elas se tornam um acumulativo, uma especie de canção de ninar cantada para si mesmos. Transformar esse habito em um estilo de vida é inevitável, como qualquer bêbado que sonha em possuir um bar. Os próprios romances da Chelsea, sua serie Heartsick e a sensacional nova serie Kick que ela lançará nesse verão, ela diz que são todas baseadas na saga de uma década que ainda à embala para dormir todas as noites. 
  È fácil amar a verdade, e a teoria da Chelsea soa verdadeira porque ela identificou um habito que eu também praticava desde minha infância sem dormir. Isso não deveria surpreender ninguém, mas partes das minhas estorias ¨reconfortantes¨ ao longo da vida, envolvem  lutar. Lutar e perder. Vença a luta na sua imaginação e você nunca mais vai dormir. Mas estudos mostram que depois de um boxeador ou lutador perder uma luta, seus níveis de testosterona caem drasticamente e seu metabolismo  diminui. Todas essas mudanças, especula-se , funciona para impedi-lo de entrar em uma nova luta, antes dele estar fisicamente recuperado. 
  È por isso que a maior parte do romance clube da luta era sobre perder lutas. Como eles dizem no livro e no filme ¨saia, arranje uma briga, e perca¨. Minhas longas lutas imaginarias seriam sem palavras e brutais, e então eu iria perder e cair no sono.
  Mais recentemente, eu encontrei um método menos dramático. Se eu me imagino, me movendo através de um espaço, por exemplo andando ao longo de um caminho através de uma floresta ou explorando uma grande casa vazia, eu durmo. Casas que relembram minha infancia funcionam  melhor que contar carneirinhos.
  Tal como as lutas, a linguagem estraga tudo. Qualquer coisa verbal estraga tudo. Falar ou mesmo pensar em palavras, encoraja algum aspecto do meu cérebro e me excita. Em vez de dormir, eu me encontro na mesa da cozinha, fazendo anotações para um novo projeto.
  Outro método que funciona é sentir frio, ou imaginar sentir frio. Eu imagino que estou enterrado na neve. É daí que surgiu a caverna de gelo no clube da luta. Outros insones que eu conheço abrem as janelas em meados do inverno, ou bebem água gelada antes de ir dormir. Na cama, como o corpo se aquece, eu cochilo.   
  Para ser honesto, Ambien me ajuda a dormir mais noites do que eu me importo em admitir, embora eu esteja incerto sobre a qualidade desse sono. Muito frequentemente eu me levanto de manhã pra descobrir que um sonambulo, uma versão maniaca de mim mesmo tem lavado e dobrado as roupas, reorganizado as prateleiras na garagem, limpado a lareira e embrulhado os presentes para o natal - talvez algum hibrido de Tyler Durden e Martha stewart. Essas manhãs são semelhantes as estorias de The Elves And The Shoemaker (Os elfos e o sapateiro): é uma maravilha encontrar esse trabalho chato feito, mas é inquietante não ter memoria de ter feito isso. 
  Ano passado, esses elfos prepararam o meu imposto de renda, não é difícil imaginar que em breve eles estarão escrevendo meus livros. Eu vou estar inteiramente afastado do processo. Mais e mais, como Brad Pitt disse, ¨você esta se permitindo tornar-se... Tyler Durden.¨ Poderia ser isso o que acontece quando uma pessoa toma tantas pirulas pra dormir? Você sair por aí e viver uma nova vida? Como alguém mais corajoso, mais ousado e melhor organizado? Eu espero que sim.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... Disparos Do Front Da Cultura Pop (Tony Parsons)

Disparos do Front da Cultura Pop





Aqui estão reunidos 55 textos de Tony Parsons, que viajam desde o nascimento do punk rock inglês, sociedade e política, cultura pop até as brigas de torcidas nos estádios ingleses. 















Na Minha Opinião De Merda... A sensação que tive quando li esse livro, foi que eu estava sentado numa mesa de bar tomando uma cerveja, ouvindo The Clash, assistindo uma partida de futebol e conversando com Parsons como se fosse um velho amigo, que tem muita história pra contar e não mede as palavras pra criticar algo ou alguém e que sabe ser ácido e engraçado ao mesmo tempo. Como se trata de textos jornalisticos, é possível ler casualmente e sem pressa. O único ponto fraco na minha opinião é a edição, pois, Parsons usa muitos trechos de músicas em inglês como citações, mas o querido tradutor, traduz umas sim e outras não, e quem não domina a língua inglesa (como eu) fica boiando em muitas partes e isso prejudicou muito a leitura de certos textos. Ou se traduz tudo (que é o certo) ou não se traduz nada, porque serviço feito pela metade é pior que não feito. Resumindo, o autor e seus textos são ótimos, mas esses pequenos descasos do tradutor, mataram a obra.