quarta-feira, 27 de março de 2013

Depois Que o Livro Se Fecha... Os viúvos (Mario Prata)

Os viúvos traz uma nova aventura do detetive Ugo Fioravanti e seu fiel companheiro Darwin Matarazzo na bela ilha de Florianópolis. Desta vez, o ex-policial federal e agora detetive particular, Fioravanti, terá que desvendar dois sequestros, encontrar uma mulher a pedido do príncipe de Dubai e descobrir quem é o louco remetente E.R.N., que lhe envia e-mails com desabafos sobre sua vida tediosa, seus problemas com a Receita Federal e com avisos dos vários crimes que cometerá. Será que os acontecimentos e os e-mails misteriosos têm alguma ligação? Quem é, afnal de contas, esse tal E.R.N.? Além da tumultuada rotina de uma investigação criminal, Fiora ainda precisa lidar com um triângulo amoroso envolvendo uma ex-namorada e sua filha e resolver os problemas matrimoniais de Darwin, seu assistente.


Na Minha Opinião de Merda: Tenho que dizer que fui surpreendido por este livro, nunca fui muito de ler literatura nacional, até por ter um certo trauma da época de colégio, quando as únicas coisas que nos eram apresentadas eram livros de Machado de Assis e afins (não querendo criticar os clássicos nacionais mas um garoto de quatorze, quinze anos, com hormônios saindo pelas orelhas jamais vai conseguir ler ou quiçá absorver alguma coisa de obras tão complexas em sua linguagem) e me dedicava a ler as estórias de Sir Arthur Conan Doyle, que eram muito mais divertidas e prendiam muito mais a minha atenção. Mas ao iniciar a leitura de ¨Os Víuvos¨ descobri que SIM, existem escritores contando estórias maneiras em território nacional, e trazendo uma estrutura narrativa muito dinâmica, a leitura flui que é uma maravilha, livro extremamente engraçado, passei a maior parte do tempo rachando o bico, com as mais absurdas situações. Os dois personagens principais são muito fodas, tanto o detetive comedor e boca suja Fioravanti, quanto seu braço direito meio loser Darwin Matarazzo, os caras são hilariantes, explorando a mais pura tragicomédia. Algo que ficou do caralho no livro são as varias referencias que o autor inseriu durante a narrativa, referencias que vão de Dashiell Hammet, Raymond Chandler até o escritor cubano Leonardo Padura Fuentes, do qual Mario Prata utilizou um trecho de seu livro Ventos de Quaresma, que eu achei muito bom, e concerteza irei correr atrás dos livros deste camarada. Dito isto, uma das minhas melhores leituras deste ano, vou buscar outros livros do Mario Prata, porque o estilo sujo de escrita do cara me agrada muito...

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