sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Depois Que O Livro Se Fecha... O Jardim Da Meia-Noite (Philippa Pearce 1920 - 2006)

O Jardim da Meia-Noite



O passatempo preferido de  Tom Long é brincar com seu irmão mais novo no jardim de sua casa, mas devido a uma doença de seu irmão, Tom é obrigado a passar alguns dias na casa de seus tios solitários que não tem filhos e que são inquilinos de um antigo casarão. Nessa velha casa Tom descobre algo que parece ter sido criado somente para ele, um jardim mágico e perdido no tempo.










Na Minha Opinião De Merda... Esse é um daqueles livros em que cada pedacinho que se comenta pode se transformar em um spoiler. Mas o que posso dizer é que comecei esse livro sem nenhuma expectativa, mas logo nas primeiras páginas já fui envolvido pela história. Claro que esse é um livro infanto-juvenil, mas também é indispensável para qualquer adulto. Sabe aqueles momentos em que sentimos saudades da infância, da inocência que víamos em tudo? Pois bem, "O Jardim Da Meia Noite" nos leva nessa viagem direto a essa época mágica. Tom Long é um personagem que foge um pouco do convencional infanto-juvenil, ele não está em busca de aventuras, ou lutando com monstros, tudo o que tom quer é fugir do tédio e encontrar um lugar onde ele possa ficar sozinho e se divertir um pouco, até que ele encontra um sinistro relógio antigo que parece estar esquecido naquela casa velha, onde uma idosa igualmente misteriosa é a única pessoa que parece ter alguma ligação com o relógio. A partir daí a ventura de Tom Long começa. A autora trabalha com maestria o emocional dos personagens, com noções do passar do tempo e da relação das pessoas com a natureza e com a vida. O único ponto de que não gostei é que as descrições das plantas do jardim é bem densa, mas isso passa quase despercebido quando a história nos envolve. Concluindo, é uma obra fantástica, um pouco curta infelizmente, mas com desenvolvimento brilhante e um final emocional. Ainda não vi o filme, mas sinceramente não quero ver, pois essa estória ficou tão marcada na minha mente que não quero misturá-la com a adaptação. Leitura recomendada para quem tem saudades da iinfância ou para quem já se esqueceu dela.






" O medo fazia Tom se apressar  agora; mesmo assim, parou na soleira da porta e virou-se para olhar as pegadas na grama: elas ainda estavam inteiramente visíveis, embora o calor do Sol nascente estivesse começando a desfazer sua bordas. ( Não lhe pareceu estranho que seus próprios pés, que haviam cruzado o gramado várias vezes, não tivessem deixado marcas parecidas)"

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