quarta-feira, 30 de abril de 2014

Os trabalhadores também leem.

Por Jeff_JunKHead




Sou ouvinte assíduo de Podcasts sobre literatura, e com o tempo passei a perceber que os comentários e e-mails lidos no começo dos programas são enviados por estudantes universitários e pessoas com profissões  que exigem ensino superior, como publicitários ou engenheiros de alguma coisa. Minha intenção não é focar em questões de educação ou classe social. E sim mostrar que muitos, mas muitos trabalhadores como, operários (como eu), vendedores, faxineiros, cobradores de ônibus e outros, tem o hábito e o amor pela leitura independente de suas profissões. Nos extremos  de São Paulo e suas periferias, existem ótimas livrarias e sebos, e bons leitores como em qualquer  Morumbi da vida. Posição social ou profissão não definem leitores. E o fato de um cara ser um leitor assíduo, não quer dizer que ele almeje ascensão social ou profissional, isso parte dos motivos pessoais de cada um. O livro pode ser usado como uma ferramenta de aprendizagem para agregar conhecimentos com objetivos específicos ou mesmo para pura diversão e transformar a viagem de busão e a hora do almoço menos chata e escapar um pouco da realidade do dia-a-dia. Vale pensar que os livros que vendem milhões de exemplares, os milhões de compradores, estão em todas as camadas da sociedade, e os best-sellers tem como público alvo as massas, e as massas são os trabalhadores. Afinal de contas leitura é cultura e não status.





"Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar, 
porque não sonhar os nossos próprios sonhos?"
Fernando Pessoa

Nenhum comentário:

Postar um comentário